Pensamento da Hora

"ALGUMAS PESSOAS COMENTEM O MESMO ERRO DUAS VEZES. OUTRAS SÃO MAIS INTELIGENTES: ENCONTRAM NOVOS ERROS PARA COMETER" (Edson Athayde)









segunda-feira, 28 de maio de 2012

Aviso aos navegantes





Bem, este é um aviso para quem costuma dar umas navegadas pelos mares deste blog. Depois de muitas indas e vindas (deletando e criando blogues ), vou seguir os sábios conselhos de alguns amigos e ficar só com um(fora os dois blogues coletivos que faço parte, mas esses não contam). Aos que costumam comentar, devo dizer que talvez vocês achem um pouco estranho o caos de temas que será o Veredas (http://www.veredasdopensamento.blogspot.com.br já que gosto de falar de tudo), desde assuntos filosóficos, científicos, passando por temas bíblicos, indo até a história, voltando para o humor leve e sem graça, voltando para algum assunto que seja importante para a cidadania e cutucando vez ou outra a política brasileira...enfim, uma verdadeira salada de assuntos. Se vocês forem seguí-lo, fiquem à vontade para comentar ou ler só o que lhes interessar, afinal de contas, ninguém é obrigado a gostar de teologia ou de revistas em quadrinhos...



Este Seleções vai ficar aí no ar, até o Blogger resolver deletá-lo por falta de movimento...rsss



Um grande abraço.









p.s. se alguém aí perguntou por que diabos eu coloquei um desenho do Homem-Aranha para ilustrar esta despedida, foi só por que eu gosto do cara.

terça-feira, 22 de maio de 2012

O fim do Be Gees






Um talento musical raro expresso em canções maravilhosas e em harmonias vocais perfeitas. Assim eram os Be Gees.  Os três irmãos, o mais velho Barry Gibb e os gêmeos Robin e Maurice Gibb fizeram todo mundo dançar na década de 70 com Stayin'Alive que ajudou a fazer do filme "Embalos de Sábado à Noite" e o seu ator principal, John Travolta, um sucesso. O álbum Saturday Night Fever (trilha sonora do filme ) é a trilha sonora mais vendida de todos os tempos e atualmente, ocupa a 5° colocação como álbum mais vendido da história com mais de 37 milhões de cópias, de acordo com a revista Billboard: 300 Best-selling Albums of All-Time. Os Bee Gees, é uma das bandas que mais arrecadaram na história da música, e são considerados por grande parte da crítica musical, a segunda maior banda da história pelo conjunto de sua obra (composições, produções e gravações), perdendo apenas para os Beatles.


Com a morte de Maurice Gibbs no último dia 12, os Bee gees resolveram findar a carreira da banda. Robin Gibbs comunicou oficialmente o fim da banda, lamentando a morte do irmão: "Os Bee Gees, para nós, eram os três irmãos...” O músico declarou ainda que qualquer outro projeto musical com o qual venha a se envolver no futuro, não será sob o nome de Bee Gees.




The Bee Gees " Stayin' Alive " ( Está Vivo )



DIZ SE NÃO DÁ VONTADE DE ARRASTAR O SOFÁ E SE ACABAR DE DANÇAR???? 


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referências:
Wikipedia,
Territorio da musica

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Foi assim...




O artista de rua é um artista na acepção mais pura da palavra.
Ele não tem o grande palco.
Não tem os grandes cartazes em outdoors  lhe fazendo marketing cultural.
Seu cachê
não é requisitado  na presença de empresários em almoços de negócios
e sim na combinação com o ânimo
ou desânimo
de quem
passa
e muitas vezes o ignora.
O artista de rua é um sobrevivente.
Vai onde tem povo.
Se alguém para e contempla sua arte, já se sente feliz. 
Como todo artista,
quer o aplauso,
a admiração,
o sustento;
mas ele não tem palco no Teatro Municipal. 
o palco dele é a rua. Qualquer rua.


E canta
e fala 
e faz mágica
e faz truque;
se equilibra em corda bamba,
pinta quadros,
toca flauta,
toca blues,
toca jazz,
faz pirotecnia,
faz poema.



É um sobrevivente. É um artista.
De rua.
Qualquer
rua. 



É assim...



Edu.







Nos Bailes da Vida
Milton Nascimento

Foi nos bailes da vida ou num bar
Em troca de pão
Que muita gente boa pôs o pé na profissão
De tocar um instrumento e de cantar
Não importando se quem pagou quis ouvir
Foi assim

Cantar era buscar o caminho
Que vai dar no sol
Tenho comigo as lembranças do que eu era
Para cantar nada era longe tudo tão bom
Até a estrada de terra na boléia de caminhão
Era assim

Com a roupa encharcada e a alma
Repleta de chão
Todo artista tem de ir aonde o povo está
Se for assim, assim será
Cantando me disfarço e não me canso
de viver nem de cantar



quarta-feira, 16 de maio de 2012

Zeus e as Olimpíadas





Se um grego nascido há dois mil anos assistisse as nossas atuais olimpíadas, ele ficaria horrorizado. Não por que os jogos ainda hoje evocam um “momento de harmonia festejado entre todos os povos” mas por que ele perdeu todo o seu sentido religioso. Na antiga Grécia, as competições serviam como principal homenagem a Zeus, o mais importante dos deuses helênicos. Na ocasião dos jogos, Zeus recebia o apelido de “Olímpico”.


Sacrifícios dedicados à divindade eram realizados no registro mais antigo das competições organizadas, em 776 a.C. Sabe-se que, em 472 a.C, animais eram mortos no primeiro dia – quando os atletas prestavam um juramento a Zeus Orkios (“Dos juramentos”) no templo que se tornou uma das sete maravilhas do mundo antigo.

A verdade é que a religiosidade não está  ausente das olimpíadas atuais, se não oficialmente em sacrifícios a algum deus, com certeza nas atitudes de muitos atletas que depois de um gol, levantam as mãos aos céus agradecendo o feito ou naquele corredor de maratona que depois de mais de duas horas correndo, cruzando a linha de chegada, diz que “Deus  me deu forças para vencer”.

Não importa a época, não importa  como. Estamos irremediavalmente ligados aos deuses (espiritualidade) enquanto existirmos como espécie.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Reportagens "criativas"







Sempre rolam pela internet textos apócrifos e listas disso e daquilo que não se sabe de onde veio ou quem escreveu(se é apócrifa...Dããã). Uma dessas listas traz supostas reportagens publicadas por jornais portugueses(!!!). Não são verdadeiras, claro, mas o autor é no mínimo, muito criativo. Vejam algumas:



"Parece que ela foi morta pelo seu assassino".
"O acidente pode ter sido no tristemente célebre retângulo das Bermudas".
"O acidente fez um total de um morto e três desaparecidos. Teme-se que haja vítimas"
"Quatro hectares de trigo foram queimados. A princípio, trata-se de um incêndio"
"O aumento da inflação foi de 0% em novembro"
"O presidente de honra é um septuagenário de 81 anos"
"A conferência sobre prisão de ventre foi seguida de um farto almoço"



Porém, na coluna do professor de português Sérgio Nogueira do jornal Extra de 29 de abril, ele conta que um certo portal de notícias informou:


"Bombeiro ajuda grávida a dar à luz por telefone".


A manchete ficou meio truncada, mas é lógico que a ajuda é que foi por telefone e não o "dar à luz por telefone" que é coisa ainda impossível apesar de todos os avanços da medicina.




                                                                            * * * * *













sexta-feira, 11 de maio de 2012

Eu sou OCCDB






Pois é, tenho que confessar a vocês que sou um obsessivo compulsivo. Mas de que tipo? Do tipo, obsessivo compulsivo por criar e destruir blogues(o OCCDB do título). Comecei minha aventura nos blogues há uns...(sou péssimo para lembrar de datas, só lembro do aniversário de casamento senão vou para a guilhotina). Acho que foi há uns três anos. Construí meu primeiro blog: Sala do Pensamento! Nome pomposo e pretensioso. Postava assuntos filosóficos e teológicos (mesmo eu não sendo nem filósofo nem teólogo - eu disse que era pretensioso). Tinha uma galera muito boa que construiu debates memoráveis naqueles tempos. Muitos deles ainda hoje interagem comigo em outros blogues.


Mas o problema da Sala do Pensamento era exatamente a dualidade de assuntos. Filosofia e teologia. Como eu também sou obsessivamente aberto a vários gostos temáticos, como literatura, música, humor, reflexões existenciais(quase filosóficos mas mais práticos), pensamentos impactantes, etc, achei que o Sala do Pensamento me tolhia a liberdade. Aí construí o Olhar o Tempo, de saudosa memória. Foi lá que conheci uma amiga muito querida que está sempre por aqui e sempre me acompanha nas minhas aventuras blogueiras.


O Olhar o Tempo era muito bom. Nele eu postava todos os outros temas que o Sala do Pensamento não me permitia e era bem visitado e comentado. Com o passar do tempo, achei que o Olhar o Tempo(a redundância não foi proposital) estava me dando mais prazer do que o Sala do Pensamento e neste, os debates já não estavam tão acalorados. Então anunciei a todos que iria ficar somente com um blog e que o Sala do Pensamento estava fadado a virar bits perdidos por aí. E assim foi - deletei-o-o, como diria certo aluno da Escolinha do Professor Raimundo. 



Mas aí minha obsessão começou a aflorar. Já não estava satisfeito em ter um blog só; eu era muito eclético (adoro essa palavra e as modelos louras também) para me prender só ao Olhar o Tempo. É que ele com o tempo ficou muito "asséptico", muito arrumadinho, com textos só de literatura e poesias, então, resolvi criar o Botequim do Edu. Agora sim eu tinha um lugar onde extravasar toda a minha vontade por temas mais descontraídos e menos literários. A primeira postagem foi um vídeo com Ney Matogrosso rebolando e cantando  "Nunca vi rastro de cobra nem couro de lobisomem, se correr o bicho pega se ficar o bicho come..."









Os amigos se achegaram. O Botequim do Edu estava bem a minha cara: leve, bem-humorado, bem musical. E no Olhar o Tempo eu só postava pérolas da literatura brasileira. Foi quando o apocalipse aconteceu...



Um vírus atacou vários blogues do Blogger e o Olhar o Tempo foi um deles. Sempre quando tentava abri-lo aparecia a fatídica mensagem "esse blog não é seguro e bla bla bla..." Vários outros blogues de amigos meus também ficaram assim. Comecei a receber várias dicas de como me livrar do problema. Tentei de tudo e nada acontecia. Comecei a comentar lá no Botequim que ia deletar o blog pois já tinha feito de tudo e nada. Na verdade, era a minha OCCDB me perturbando para eu deletar mais um blog e a desculpa da contaminação viral vinha a calhar...



Foi-se. Sob protestos de alguns amigos, mas foi-se o Olhar o Tempo. Fiquei só com o Botequim. Mas a obsessão veio com força total me impondo a abertura de um novo blog. Com saudades de discutir temas teológicos, abri o "Caminhos da Teologia". Bem frequentado pelos amigos teólogos de verdade, os bons tempos da Sala do Pensamento voltaram. Até a minha conta do blogger dar um problema: não conseguia acessar o painel do blog e consequentemente, não conseguia atualizá-lo. Ficou lá, paradão...



Revoltado com a plataforma Blogger, me mudei de mala e cuia para o Wordpress, um lugar bem mais estável para se criar blogues felizes e duradouros. Criei lá o Caminhos da Teologia e o Omelete do Edu. Gostei da experiência Wordpress. Então, deletei o Botequim...Segundo a ajuda do Blogger, o problema com a minha conta do Caminhos da Teologia não tinha nenhum motivo específico, o melhor a fazer era esperar voltar ao normal. Tá bom! Esperei três meses...e aí, como mágica, tudo voltou ao normal e esqueci de voltar ao Wordpress. Agora tenho dois blogues por lá órfãos de pai e mãe.







Com a minha obsessão a pleno vapor, resolvi criar este "Seleções do Edu" que eu gostaria que fosse uma mescla do finado Olhar o Tempo e Botequim do Edu. Mas sabe como é obsessão, não dá trégua e eu já estou aqui com vontade de fundir este blogue com o Caminhos da Teologia que agora se chama Veredas do Pensamento(outro nome pomposo e pretensioso).



Bem, se alguém teve paciência pra chegar até aqui, devo dizer que não sei o que fazer. Isto sem falar que eu já participo de dois blogues coletivos. O Confraria dos Pensadores Fora da Gaiola(o nome mais pomposo e pretensioso que já vi!!) e o da Confraria Teológica Logos e Mythos(este eu fundei para falar só de teologia que era tema já não muito bem visto na primeira confraria citada e não mais prioritário no novo Veredas que antes era Caminhos...).



Ah, chega, chega de falar de blogues que eu já tô com uma vontade de criar um só falando de quadrinhos. Ah, esqueci que já tenho um blog com essa temática. Aliás, ele já tá durando muito...

terça-feira, 1 de maio de 2012

Conto Erótico









Luis Fernando Veríssimo




- Às suas ordens.
- Que-quem é?

- Às suas ordens.

- Acho que apertei o botão errado. Ainda não me acostumei com o painel deste novo sistema. Como é que eu faço para conseguir uma linha direta?

- Linha direta: Comprima o botão vermelho no canto direito inferior do painel. Aguarde. Se não der sinal de linha, comprima o botão marrom, depois o vermelho novamente.

Repita a operação até conseguir a linha.



- Obrigado, senhorita...

- De nada. Desligo.

- Escute!

- Às suas ordens.

- Olhe. Por favor, não pense que eu estou sendo indiscreto, mas é que não reconheci a sua voz. Você é nova no escritório? Alô?

- Às suas ordens.

- Eu só queria esta informação...

- Informação: comprima o "zero" no painel. Aguarde. Quando ouvir o sinal eletrônico, declare a informação desejada. Fala pausadamente.

- Não, não. Eu só queria saber...Em primeiro lugar, o que é que você está fazendo aqui até esta hora? Todo mundo já foi para casa. Já sei, é seu primeiro dia, você ainda está desambientada. Mas não precisa exagerar. Ninguém me disse que iam contratar uma nova telefonista. Aliás, me disseram que com este novo sistema, não precisa telefonista. Você não responde?



- Às suas ordens.

- Só me diga seu nome. Olhe, não sei o que lhe disseram a meu respeito, mas eu não sou um patrão duro, não. Só fico até esta hora no escritório porque, francamente, este é o lugar onde me sinto melhor. Minha mulher nem fala mais comigo. Me sinto muito melhor aqui, na minha mesa, na minha poltrona giratória, as minhas coisas, agora este novo telefone...Entendeu? Não sei por que estou contando tudo isso para você. Ah, é para você não ter medo de conversar comigo. Sou absolutamente inofensivo. As funcionárias deste escritório, para mim, fazem parte da mobília, entende? Jamais faltei com o respeito com nenhuma delas. Aliás, jamais faltei com o respeito com mulher nenhuma, ouviu? Você não tem nada para me dizer?



- Não há mensagens.

- O quê?

- Às suas ordens.

- Mas eu sou um animal. Você é uma gravação! Agora entendi. E eu aqui falando sozinho...Mas sabe que você tem uma voz linda?

- Às suas ordens.

- Quero fazer amor com você. Agora. Aqui. Em cima da mesa. Com sua cabeça atirada para trás, por cima do calendário eletrônico. Com o jogo de canetas de acrílico espetando suas costas. E você rindo, selvagemente, de prazer e de dor. Depois rolaremos pelo carpete como dois loucos. Como duas feras. Derrubaremos a mesa do café.

- Café: comprima o botão rosa.

- Ahn. Diz de novo. Comprima o botão rosa. Diz. Café.

- Café: comprima o botão rosa.

- Meu amor, minha paixão. Café.

- Quero passar o resto da minha vida ouvindo a sua voz e comprimindo o seu botão rosa. Nunca mais preciso sair do escritório. Só nós dois. Quero fazer tudo com você. Tudo! Você deixa?

- Às suas ordens.



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publicado em "Ed Mort e outras histórias", ed LPM.









Confira no meu blog Veredas do Pensamento um texto sobre a Vera-cruz, a Hollywood brasileira 



Abraços.